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* Peças de um mesmo quebra-cabeça

 

Genêro: drama/erótico

Sinopse: Certa noite, a jovem Stella acorda num lugar desconhecido, e se desespera por não saber onde está. "Que lugar estranho é esse?! -- ela se pergunta. Acontece que o ambiente é soturno, cheio de sussurros e vozes indiscerníveis, apenas com a fraca luz das velas a, ora e outra, dançar seus covardes feixes de luzes na escuridão quase palpável ao redor. Mas logo ela descobrirá que ali também é o reinado de uma mulher muito poderosa; e que, - conforme Stella tanto desejou inconscientemente em seu coração - finalmente lhe ensinará um dos caminhos do autoconhecimento pleno; enquanto decidem trilhar juntas pelos árduos meandros da sublime entrega e da completa dominação.

Peças de um mesmo quebra-cabeça (amostra)

Do centro de um salão pouco iluminado, eu vejo uma mulher mascarada, vestida de preto, passeando ao meu redor como que verificando um produto.

Velas espalhadas em círculos nos iluminam, assim como parte do ambiente soturno carregado de sussurros e vozes desconhecidas que ora e outra eclodem na escuridão ao redor, pra logo a seguir imiscuírem-se com o tilintar de uma corrente que a mulher segura, e que está presa na coleira atada ao meu pescoço.

“Que lugar estranho é esse?” — me pergunto, mas não encontro respostas, de forma que fico hipnotizada com a tal mulher que não para de me rodear.

— Escrava! — de repente ela grita.

Seus olhos são como fogo ardente, e a sua voz, como que estando carregada de tempestades prontas para desabar sobre mim.

Penso em perguntar: “Quem é você?” ou “O que estou fazendo aqui?”, mas estranhamente meus lábios não correspondem ao que quero, pelo contrário; logo a seguir se rompem num submisso: “Sim senhora!” que me causa tremendo espanto.

Quanto à mulher, à medida que ela caminha, a passos lentos, sua postura dominadora é ainda mais destacada pelo coturno militar que afirma sua silhueta imponente, e o olhar de felino como que esperando o momento certo para abocanhar a presa. 

De repente ela para diante de mim.

     — Quando eu era pequena, — ela diz — meus pais descobriram que eu tinha tendências sadistas. Aí eles passaram a me bater todo santo dia, para ver se eu parava com isso. E adivinha? 

Sinto os pelos do meu corpo arrepiarem-se.  Daí ela se aproxima de meu rosto, — sinto seu hálito fresco de hortelã — e pousa as mãos suavemente em meus ombros.

— Ajoelhe-se — ordena. 

Enquanto declino meu corpo, temerosa torno a ouvir sussurros e vozes desconhecidas pipocando ao meu redor. A luz das velas dança na escuridão quando ouço as correntes tilintarem nas mãos da mulher que me puxa, exigindo atenção.

— O prazer culpado de se deliciar com desastres faz parte da natureza humana, escrava — ela diz isso pra mim, enquanto vira-se para sacar um chicote.

— Lamba minhas botas — ordena.

Tento resistir, mas logo o meu rosto está no pó, literalmente. Entretanto sinto o entremeio de minhas pernas umedecerem quando um sentimento de extrema humilhação permeia minha alma, agita-a, pra logo a seguir repousar num lugar obscuro que até momentos antes não imaginava existir dentro de mim.

— Basta! — ela diz, já afastando o bico da bota da minha sôfrega língua.

Quando me viro, a mulher mira o cabo do chicote entremeio aos meus lábios. Seu olhar está carregado de malícia. Sua língua passeia de um lado pra o outro.

— Engula escrava! 

Continua...

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